quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Enfim, ócio (por uns instantes)

          Falar em tempo ocioso parece coisa do passado, mas tive a oportunidade de me debruçar sobre ele. Neste momento as lembranças, as sensações e a alegria do tempo de menina me fizeram sorrir e descansar por uns instantes. Lembrei dos domingos em Minas, das histórias que só os avós sabem contar, do sorvete de morango que eu amava e hoje já não tem o mesmo sabor, do fim de domingo esperado ansiosamente só para ver minha vó virar cambalhota e tentar me ensinar a fazer o mesmo … e logo veio a saudade.
          Saudade dos lugares e dos tempos que não mais podem ser revisitados e revividos, das pessoas que vem e vão tão depressa e que nunca deveriam ter ido, das vozes que só existem no meu subconsciente, mas que naquele momento pareciam tão perto.
          Ao mesmo tempo, senti uma gratidão imensa por um dia ter conhecido pessoas tão incríveis e vivido momentos tão inesquecíveis.

          Talvez o melhor remédio da vida esteja nesse misto de confusão, desencontro, muita gratidão e claro, um pouco de tempo ocioso.  

Dayana.