quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Morse



Quais são as palavras certas?
Em minha pobre poesia percebo-as soltas,
voando e vagando pelo caminho
até te encontrar
e quando o encontram
não se arrumam
como estão arrumadas
pra mim.
Calam, se embaralham,
silenciam,
se intimidam
fazendo surgir em você
um considerável
“como assim?”
Pensei mil coisas pra te falar
que te fizessem enxergar
o que se passa do lado de cá
mas quais palavras usar?
Se pudesse,
bolaria axiomas
desse mundo perdido
que faz sentido
e não faz
que vive dentro de mim
e no fundo só quer paz,
meu rapaz.
Meio doida varrida
que diz tudo
mas soa não dizer nada.
Trago vestígios de guerra
entre razão, fé e emoção.
Pode ser que do outro lado
só ecoem ruídos
Quase um código Morse
sem decodificação.




Dayana. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Falta


Sinto falta  daqueles passeios, daquelas conversas, daquele olhar e também daquelas manias. Hoje, tá um pouco diferente. Certas coisas saíram do lugar em algum momento, outras se perderam pelo caminho. As que ficaram são boas, mas não deixam de ser as que ficaram.  Sinto falta de poder errar sem broncas, de ser eu mesma. Sinto falta de um cafuné, de um mimo, de um “surpresa!”.
Sinto falta de um “desanima não”, “confia em Deus”.


Eu sinto.

Dayana.