quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Amor é decisão


Mãos suam, o coração dispara, os olhos atingem um brilho descomunal, tudo parece diferente e mais agradável do que antes, uma pessoa passa a fazer parte dos seus pensamentos 24 horas por dia. O que estará acontecendo?
O amor surge de sentimentos, que podem ser englobados num “pacote” chamado PAIXÃO. Esse pacote, a paixão, permanece intacto enquanto tudo está bem. Os problemas ainda não surgiram e o encanto de um primeiro olhar atrelado a todas as sensações causadas pelo ‘pacote’, perduram. A paixão idealiza um ser perfeito e na primeira decepção, deixa os sentimentos falarem mais alto. Não escuta, não resolve. Simplesmente quer se ver livre do seu frustrado conto de fadas. O amor nasce quando todo o sentimentalismo trazido pela paixão amadurece. Amor é amor quando cuida, zela, respeita, resolve, entende, escuta, fala.
Como saber quando a paixão se transformou em amor e vice-versa?
Saberemos que a paixão se transformou em amor quando ao acordar pela manhã, aquela pessoa descabelada e com bafo matinal foi o presente mais precioso que Deus lhe deu para dividir a sua vida; quando na primeira dificuldade encontrada você sabe que pode contar com aquele alguém; quando um corpo perfeito já não faz tanto sentido; quando os defeitos dele/dela tornam-se um ponto de reflexão, crescimento e aprendizado; quando nada mais faz sentido se não for a dois; quando o egoísmo dá lugar ao companheirismo; quando viver para o outro se torna mais prazeroso do que viver para si; quando “eu te amo” é a frase mais requisitada pelo seu cérebro diante daquela pessoa, isso é amor.
Saberemos que o amor se transformou em paixão, quando…. Quando… Nunca! Se o amor chegar a se transformar em paixão é porque nunca foi amor!
O amor não deve ser visto como um sentimento, mas como uma decisão. Se fosse sentimento não perdoaria, por sentir mágoa, não compreenderia, por enaltecer o orgulho ou o ego. Amo porque decido por isso. Decido amar alguém pelo seu jeito de ser, com qualidades e defeitos, com cabelo bonito ou feio, magrinho ou gordinho, nariz redondo, arrebitado ou de tucano, olhos claros ou castanhos.
No fim das contas toda a pele enruga e todo o cabelo embranquece, mas as lembranças de todas as conversas, abraços, beijos, gestos e gentilezas, permanecerão.

by Dayana Kelly