quinta-feira, 29 de março de 2012

As pequenas coisas




Pela janela do ônibus a mesma paisagem de todos os dias passa corrida como se nada mudasse por ali, porém, algumas pequenas mudanças podem ter ocorrido e passam por despercebidas aos nossos olhos; seja uma folha que cai, uma flor que nasce ou uma nova casa sendo construída, um pouco de terra que erodiu, seja qual for a mudança, nós não perceberemos. Dá-se pouca atenção às pequenas coisas e são elas que juntas, formam uma grande transformação.
No longo trecho em que percorri percebendo as tais “pequenas coisas”, voltei-me para onde eu estava e percebi que havia pessoas de umas cinco décadas a mais que eu, de pé e outras mais ou menos da minha idade, sentadas; olhei para o cobrador a minha frente e percebi que não respondeu a um bom dia desejado com tanta gentileza e ainda deu um suspiro do tipo: “ainda falta muito para o fim do expediente”; vi um senhor cheio de bolsas que tentava das mais diversas formas se equilibrar e permanecer com as sacolas em sua mão enquanto a moça sentada, próximo a ele, ouvia música com um leve torcicolo que se manifestava para o lado contrário do senhor.
Confesso que nesse dia corri o mais que pude para pegar um dos primeiros lugares da fila com o intuito de me sentar. Precisava ler alguns capítulos para a faculdade e pensar sobre eles. Não contava que olhando pela janela de um ônibus tanto pudesse passar pela minha mente a ponto de eu concluir que as percepções são um começo, mas não devem parar por ai. Precisava fazer alguma coisa por menor que fosse, afinal, minha reflexão nesse dia foi direcionada às pequenas coisas. Resolvi por um momento interromper minhas reflexões e continua-las de pé, sabendo que (talvez) alguém com mais experiência que eu pudesse ali, naquele mesmo lugar em que tantas ideias vieram me visitar, ter suas próprias reflexões acerca das pequenas coisas.

by Dayana

segunda-feira, 19 de março de 2012

Crazy mind


É intrigante sentir tanto e não saber a melhor forma de se expressar. É algo que parece querer saltar da boca e o coração parece estar amarrado, angustiado, apertado. Não sei o que eu quero e tampouco sei se quero, é difícil explicar (se há explicação).
Ouvi dizer que quando se tem um sonho é importante lutar por ele e nunca perder a esperança, por mais que o tempo e as pessoas pareçam atropelar as expectativas.
Ainda que em consequência de tamanha esperança eu tenha me decepcionado algumas (muitas) vezes, acredito que pra tudo há um gênero, grau, tempo, modo e forma que nunca ou raramente irão seguir aquilo que anseio. Sempre existe algo em algum lugar para alguém. Nada é isento de sentido. Até ‘’não ter sentido’’ já tem sentido no sentido de não o ter.
Pensei algo bom pra agora, mas sei que pode demorar. Eu sei!
Paciência é uma dádiva. Acreditar, independente do tempo que passe, é uma virtude.

by Dayana.